As observações de Jung a respeito dos arquétipos demonstram que os mais nítidos são os da
sombra, a anima para o homem e o animus para a mulher,
porém a sombra é o arquétipo mais fácil de observar.
Apesar desta facilidade Jung faz uma advertência a este respeito sobre a possibilidade do eu desempenhar um papel negativo, dificultando assim o reconhecimento da sombra. A dificuldade deste reconhecimento se da em virtude de ocorrer um confronto moral, pois se trata de aspectos obscuros da personalidade.
Esses aspectos obscuros que constituem a sombra possuem uma natureza emocional e de certa forma possuem um grau de autonomia. Quando estamos em contato com a nossa sombra as emoções deixam de ser uma atividade, são como eventos que tomam o indivíduo.
Segundo Jung a sombra revela a inferioridade e a existência de uma parte da personalidade não desenvolvida e explica que:
“Nesta faixa mais profunda o indivíduo se comporta, relativamente as suas emoções quase ou inteiramente descontroladas, mais ou menos como os primitivos que não só e vitima abúlica de seus afetos, mas principalmente revela uma incapacidade considerável de julgamento moral.”
Podemos integrar a sombra a nossa personalidade, porém o indivíduo encontrará uma batalha interna na qual revela uma resistência moral, essas resistências estão diretamente ligadas as projeções que não são reconhecidas, pois exige do indivíduo um esforço moral além dos limites habituais do indivíduo.
A respeito das projeções, Jung diz:
“Como se sabe, não é o sujeito que projeta, mas o inconsciente. Por isso não se cria a projeção, ela já existe de antemão… as projeções levam a um estado de autoerotismos ou autismo, em que se sonha com um mundo cuja realidade é inatingível”
Assim o autor conclui que essas projeções fazem parte da sombra, ou seja, essas projeções são o lado obscuro da própria personalidade , mas chama a atenção para as projeções que afloram do sexo oposto, pois destas forma, estaremos nos confrontando com a animas e/ou o animus.
Devemos lembrar ainda que a sombra antes de tudo representa o inconsciente pessoal, mas ainda sim, faz parte de temas mitológicos e que quando tratados como arquétipos nos defrontamos com uma resistência muito maior por se tratar de um confronto com um aspecto absolutamente mau.
Elisa
conhecendojung
Andrea
conhecendojung