Tarot e Jung – inspirações que me ensinam

Sempre gostei de parar alguns minutos para meditar, pensar nos temas que se apresentaram no consultório durante a semana…realmente eu acredito que tudo que acontece com a gente está conectado, então prestar atenção em como os dias correm, o que acontece, quais desafios são apresentados diariamente, etc., vai sendo um ótimo exercício de autoconhecimento e um profundo aprendizado.

O que poucas pessoas sabem é que Jung apareceu na minha vida bem depois do tarot; ou melhor, graças ao tarot meus caminhos foram cruzando com o de Jung. Vou deixar esta história para depois ou talvez nem me aprofunde em detalhes de como tudo aconteceu porque não sei se é de interesse de vocês….mas o que importa é que eu vivencio as duas coisas – tarot e Jung de forma conjunta, sem “junguianizar” o tarot e nem “mistificar” Jung…. dando o devido respeito a cada um, mas sem separá-los completamente. Dentro de mim, os dois fazem sentido, os dois estão mais conectados do que eu poderia algum dia imaginar.

Bom, voltando ao motivo do texto, como comecei a falar, esta análise de como as situações ou os temas do consultório vão se apresentando se torna um rico material de análise. Acontece que por uns belos meses eu deixei a rotina e a correria falar mais alto e acabei dando menos foco para esse exercício – e não ganhei nada com isso, pelo contrário, perdi grandes insights rsrs. Mas ok, tentei fazer o melhor que eu podia naquele momento. (quem acompanha o blog deve ter notado que eu dei uma bela sumida…foi por um lindo motivo pessoal!!)

Agora que estou retomando cheia de vontade e inspirações, gostaria de compartilhar com vocês alguns desses exercícios que eu faço. Se gostarem, escrevam comentando pra gente pois assim perco a timidez e começo a dividir esses pensamentos mais vezes com vocês. ?

“Quando a gente se abre para a vida e para as novas experiências, o Universo nos inunda com bênçãos vindas de todas as partes. São nesses momentos que a gente testa a fé – não testando de maneira racional e desconfiada, mas sim testando a fé que temos em nós mesmos e nos surpreendentes mistérios da vida.

Confiamos no poder da nossa vontade, na nossa intuição, nas mensagens que o Self manda e apenas ficamos abertos e receptivos às orientações que a própria vida vai nos dando. Ao mesmo tempo que me entrego pra vida, a vida se entrega pra mim; quando eu me permito vivenciar uma novidade é a novidade que também vai aparecendo e se apresentando para mim. Este é o fluxo natural da vida que inibimos tanto…

Momentos de fé não é pedir ao Universo que nos dê o próximo degrau para então darmos um novo passo; é primeiro se colocar em movimento na certeza que o Universo colocará o degrau quando for a hora certa.

Escutamos muitas histórias de pessoas que tem aquele chamado – aquela voz do Self sussurrando caminhos e soluções – mas que deixam passar porque o Ego – mascarado em opiniões familiares e de amigos, das ‘lógicas’ que a mente cria- diz exatamente o oposto, gerando medo e paralisando essas ações. Muitos esperam que algo aconteça para então confirmar que se pode seguir adiante com a ideia e nisso, meses e meses se perdem em uma espera que não tem a urgência de acabar.

As vezes percebo que as pessoas verbalizam que querem muito algo, mas no fundo não acreditam que elas possam querer aquilo. Pois se a vontade vem realmente de dentro da gente, não deixamos que as situações externas influenciem tanto nas nossas decisões. Muitos alimentam a angustia a cada vez que esperam por um sinal, mas não abrem os olhos e o coração para percebê-lo. Fica quase que uma postura infantil esperando que alguém dê um aval, que algo passe a certeza absoluta de que vai acontecer e que vai dar tudo certo; que algo seja começado para depois só continuar… e é justamente o contrário. Quando acalmamos a voz reclamona e insegura do Ego, deixamos que o Self guie nas decisões, nos caminhos; deixamos que ele nos tranquilize e permita com que a própria vida vá desenhando o melhor para cada um e mostre o que temos que aprender com cada coisa que acontece com nós.

Ver a pessoa se permitindo viver, tentar, experienciar e descobrindo a sensação de gratidão com todo este processo é bastante rico. Muito se aprende, muito se conhece de si próprio.

Agradecer as oportunidades é um ato de extrema entrega e confiança – pois não se restringe a agradecer apenas o que foi bom ou o que foi excepcional. Cada simples momento, cada detalhe do nosso dia é vivenciado com gratidão porquê de certa forma, nossa alma sabe que tudo faz parte de uma rede invisível que se forma, momento a momento, rumo ao que é melhor pra cada um de nós.

Assim, nesta semana, desejo que você tente se abrir e se colocar receptiva à todos os momentos que a vida vai colocar no seu caminho. Desperte a fé e confiança que muita coisa se aprende quando confiamos nas outras vozes da nossa alma, e não apenas na voz do ego. Farei isso também. Que assim seja e assim será.”

-> imagem retirada da internet, não encontrei autoria. 

 

Marcella Helena Ferreira

psicoterapeuta junguiana, taróloga

marcella@conhecendojung.com.br

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6 Comments

    • conhecendojung

      Responder

      Muito Obrigado Sirley, prentendo falar muito ainda pode deixar, nós estamos escrevendo pouco aqui no blog, mas produzindo muito no youtube!

  1. Daniel Hermeson Bezerra Barros

    Responder

    Obrigado pela mensagem, estou vendo isso somente em 2020, conheci o canal de vocês a pouco tempo e estou em processo de identificação com a psicologia junguina.

  2. Kaue Martins

    Responder

    Paraben pelo belo conteudo, me fez perceber que estva o tempo todo no automatico devido as correrias do dia a dia. Continue compartilhando seus conrteudo pois é de grande valor para a humanidade.

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